sábado, 12 de dezembro de 2009

Depois do Pinhal o Carvalhal...





Toda esta zona foi durante séculos um extenso e importante carvalhal, tendo o tempo dos homens delapidado este património em nome de uma usura que hoje apenas resultou no combate frouxo ao nemátodo do pinheiro bravo e na falência em série das indústrias ligadas à silvicultura. Urge, pois, com a participação cidadã de toda a população, lançar uma campanha de reflorestação autóctne de toda esta região, contando, naturalmente, com a colaboração de todos os órgãos autárquicos e comunidade escolar. O carvalhal, para além de repor a verdade florestal e ambiental, proporciona níveis de preservação pedológica e freática particularmente relevantes.




Depois do pinhal, o carvalhal...acreditamos nós !!...






sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A lenda das " Pegadas da Burrinha de Nossa Senhora"

Entre várias lendas e contos existentes no concelho de Oliveira do Hospital existe uma lenda, que gostaria que me clarificassem. E esta, é assim:

Quando o Menino Jesus nasceu, o rei Herodes queria matá-lo.

S. José avisado pelo anjo, fugiu com Nª. Senhora e o Menino Jesus. Ela ia montada numa burrinha com o Menino Jesus ao colo. Eles andaram durante muito tempo por muitos lugares.

Diz a lenda que também passaram por estes lados e a prova disso são as marcas das patinhas da burrinha que até hoje ficaram marcadas num caminho que passa ao lado da quinta do Courel.

Dizem que muitas pessoas que não acreditavam, iam lá ver e tentavam apagar as marcas. Mas estas, nunca desapareceram.



domingo, 6 de dezembro de 2009

Errata ao texto sobre Domingues Joanes

Em primeiro lugar, corrija-se ÀCERCA e ficou-lhe.
Em segundo lugar, parece que se não consegue aumentar a imagem.
A histíria é simples: Havia em Ulveira do Espital um pobre ferreiro chamado Domingues Joanes que foi visitado por uma lavrador de S. Paio de Gramaços para que o ferreiro lhe consertasse o arado. Para isso levou-lhe alguns pedaços de ferro para o conserto. O ferreiro olhou e percebeu que se tratava de ouro. Disse então ao lavrador se ele tinha mais dqauele ferro. O lavradou dfisse que havia muito mais lá nas suas matas. Domingues Joanes pediu-lhe então que lhe trouxesse todo o que pudesse. O lavrador assim feze e Domingues Joanes partiu para França para ajudar o rei Luis IX e por lá ficou até ficar rico com os negócios na Flandres. Mais tarde regressou rico e mandou construir a capela dos ferreiros para sua sepultura e da mulher.

ÁCERCA DE... DOMINGUES JOANES...

Estou desiludido com Domingues Joanes...quer dizer...com a histíria...ou melhor...com a lenda do cavaleiro de Oliveira.


Encontrei na Biblioteca da Câmara uma banda desenhada...e


ora vejam:


Nota - clicar sobre a imagem e Ok, para aumentar o tamanho:




Se conseguiram ler perceberam que o tal Joanes aproveitou-se da imgenuidade do lavrador e ficou-lhe com o ouro.


Então o homem era um ferreiro pobre?


Não era descendente do tal homem rico, Flaviano?


Foi bonito aquilo que ele fez? Se fosse hoje tinhamos mais um caso "face oculta"


O que tem isto a ver com o desaparecimento da flor de lís no escudo da freguesia e do actual escudo da Câmara. Como diriam os gato fedorento...NADA.(?)...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sobre o escudo original

APROFUNDANDO UM POUCO...E...ARGUMENTANDO...








Perguntar-se-á:

Não tinha a cidade um escudo mais antigo e com algum traço senhorial?

Parece que sim.

Em 1931 o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, Dr António Correia da Fonseca, após o regresso da sede do município, da localidade de Avô, para Oliveira do Hospital, pediu um parecer sobre este assunto ao Doutor António Ribeiro Garcia de Vasconcelos, pois se não houvesse brasão próprio teria de se pedir um ao Governo.
Segundo investigação do Doutor Vasconcelos (homem de letras e que foi lente da Universidade de Coimbra) existia um escudo de armas na frontaria do paço municipal e terá sido destruído, bem como os arquivos municipais, o cunho e o selo. E o mesmo escudo existiu também na igreja paroquial” que remonta, pelo menos ao séc. XVII e “nela se via o escudo da villa esculpido na verga da porta travessa e, também pintado com as respectivas cores…sobre o retábulo do altar”.

Tratava-se de um escudo que tinha por base as armas da Ordem de Malta , “dominus loci” ou seja o donatário, e, como peças heráldicas diferenciadoras uma estrela de seis pontas e uma Flor de Lis, como a seguir se pode comprovar em desenho do mestre de Coimbra, Eduardo Belo Ferraz, mandado fazer pelo visconde Sanches de Baena, especialista em heráldica, em conformidade com a indicação e esboço fornecidos pelo Dr. Francisco Borges Mendes Cruz, reportando-se ao que vira no antigo paço do concelho.



A estrela representaria provavelmente a situação geográfica e relação do município com a Serra da Estrela e a Flor de Lis era o símbolo do brasão de Domingos Joanes, célebre cavaleiro de Oliveira e descendente dum “rico homem de Gramácius (Gramaços) Flaviano ou Chaves”. Ainda existe hoje um local junto a Oliveira, nas costas do complexo escolar designado como vale do ricome (rico homem).

Tudo foi destruído com o fim da monarquia e, citando o Doutor Vasconcelos “O desenho tive eu a feliz ideia de o guardar…a escultura da fachada do paço da Câmara foi mutilada em 1910 …pela imbecilidade estúpida e selvagem de quem uma noite, trepando por uma escada de mão, a partiu…o estandarte desapareceu e as gravuras também se sumiram”.

Como conclusão, o doutor Vasconcelos, em carta dirigida ao presidente do Município termina deste modo: “Salvo melhor e mais autorizado parecer, a Câmara de Oliveira do Hospital não deve hesitar em continuar a usar o antigo escudo heráldico da vila, séde dêste Concelho. Eis a sua descrição: Em campo de púrpura, cruz de Malta de prata; e de ouro, acantonadas em chefe, à dextra uma estrela de seis pontas, à esquerda uma flor de lis. Quanto à corôa, é meu parecer, embora inteiramente destituído de autoridade que é preferível deixar o escudo, simples sem cobertura. A única que, razoàvelmente podia pôr-se-lhe, era a coroa da soberania usada nos escudos heráldicos da Ordem de Malta; mas é fácil de prever que isso causaria reparos a certa gente exaltada; suporiam ver nela a coroa dos depostos reis de Portugal e, toma-la-hiam à conta de manifestação política subversiva… eu preferiria um escudo descoberto, encarregando um artista de dar a êste uma forma adequada, de forma que a estética não fosse prejudicada…
Esta a minha opinião sincera, exposta despretenciosa e chãmente, com o afecto e amor que me merece tudo quanto se refere à minha terra querida e à sua história”.

Pelos vistos o conselho do doutor Vasconcelos não terá sido seguido (..?), ou, se o foi terá sido mais tarde abandonado?
Curiosamente , como acima já se disse o escudo da Freguesia parece não se afastar tanto da linhagem da cidade.
Razões explicativas?
Por mim continuarei a procurar

Ulvária do Espital
4 de Dezembro de 2009


Bibliografia: Oliveira do Hospital e o seu escudo de armas; Dr. António de Vasconcelos; Coimbra Editora, M.DCCCC.XXXI

sábado, 28 de novembro de 2009

Discutir o ESCUDO...




A nossa primeira intenção pretende levantar a discussão à volta do Escudo de Armas do nosso Município que mantendo a Cruz de Malta não inclui, todavia, os elementos heráldicos relativos à História do Concelho e que são:


. uma estrela de 6 pontas representando a ligação do Municipio à Serra da Estrela;


. a Flor de Lis que era o Escudo de Armas do Cavaleiro de Oliveira, Domingues Joanes.
Como se poderá observar, o Escudo da Freguesia de Oliveira do Hospital está mais próximo do original anterior à República pois respeita como elemento heráldico a Estrela e a Cruz de Malta, enquanto que o do Município respeita, apenas, a Cruz de Malta e inclui 2 elementos, cachos de uvas e ramos de oliveira. Relativamente aos cachos de uva, aceitam-se por Oliveira do Hospital estar integrada numa região demarcada de vinhos. Quanto aos ramos de Oliveira, parece haver um grave equívoco toponímico pois a palavra Oliveira nada tem a ver com a árvore produtora de azeite mas sim com a designação que era atribuída aos terrenos pantanosos onde proliferavam as ulvas(uma espécie de algas): ULVÁRIA, mais tarde ULVEIRA e por degeneração OLIVEIRA. A designação HOSPITAL advém de estas terras terem sido doadas por D. TERESA, mãe de D. Afonso Henriques à Ordem do ESPITAL de S. João de Jerusalém(Ordem de Malta).


Seja bem vindo ao sítio PATRIMÓNIO HISTÓRICO


Este é um local onde poderá partilhar connosco o desejo de preservação do nosso PATRIMÓNIO HISTÓRICO LOCAL.

Pretendemos desafiá-los para a necessidade urgente de salvaguarda da nossa memória passada, presente e que, a breve trecho, se tornará futura...